História do Cristo de Limpias
Na rota Compostelana que passa pela província espanhola de Cantábria, está a Vila de Limpias, famosa pelo Santuário do Santíssimo Cristo da Agonia.
O nome de Limpias provém das águas térmicas que brotam em seu final e que eram conhecidas como Águas de Limpias. A vila é pequena mas tem uma bela igreja paroquial em honra de São Pedro.
No altar-mor se venera uma prodigiosa imagem do Cristo da Agonia. O crucifixo é uma meditação dos sofrimentos de Nosso Senhor que apresenta Jesus nos momentos finais de Sua agonia.
A imagem de Cristo é em tamanho natural. Mede seis pés de altura e está colocada sobre uma cruz de 2m30cm de altura. Os braços parecem relaxados como os de um homem que os tivesse aberto sem esforço e os dedos indicador e médio em ambas as mãos estão estendidos como se estivessem dando a bênção final...
Don Diego faleceu no ano de 1755 não sem antes outorgar em seu testemunho diversas linhas nas que recorda sua vila natal de Limpias: "Mando assoalhar a paróquia de São Pedro de Limpias, custeando a decoração do altar mor e seu esplendor, colocando nele três imagens: a de Nosso Redentor agonizando na Cruz, a de Sua Mãe Santíssima e a do Evangelista São João..." Assim esta paróquia se converte no Santuário do Santíssimo Cristo da Agonia.
A partir do dia 30 de março de 1919, correu aos quatro ventos que em Limpias aconteciam eventos extraordinários. Diziam que a bela imagem do Santo Cristo movia os olhos, dando a sensação de um corpo vivo, que empalidecia, sangrava e suava. O nome de Limpias se tornou famoso e suas ruas foram visitadas por peregrinos provenientes de todas as partes do mundo.
O primeiro a ver o prodígio foi o Padre Antonio López, professor do Colégio São Vicente de Paula que estava na vila: "Um dia no mês de agosto de 1914, fui à igreja para instalar uma iluminação elétrica no altar-mor. Encontrava-me sozinho na igreja, em uma escada apoiada sobre um andaime improvisado sobre a parede que serve de cenário para a imagem do Cristo Crucificado, e depois de duas horas de trabalho comecei a limpar a imagem para que esta pudesse ser vista mais claramente.
Minha cabeça estava no mesmo nível da do Cristo, a pouco menos de dois pés de distância; fazia um dia muito bonito e pela janela atravessavam raios de luz que iluminavam completamente o altar, sem notar a menor anormalidade e depois de um longo tempo de trabalho, detive minha vista nos olhos da imagem e observei que estavam fechados. Por vários minutos eu vi com toda clareza de modo que duvidei se habitualmente eles eram abertos. Não podia acreditar no que meus olhos viam, comecei a sentir que me faltavam as forças; perdi o equilíbrio, desmaiei e caí da escada do andaime até o chão, levando um grande tombo.
Ao recobrar os sentidos, pude confirmar de onde estava que os olhos da imagem do crucifixo permaneciam fechados... Saí rapidamente da igreja contando o fato a minha comunidade. Minutos depois de sair da igreja, encontrei-me com o sacristão que se dispunha a tocar os sinos para o Ângelus. Ao me ver tão agitado me perguntou se estava me acontecendo algo. Relatei a ele todo o ocorrido e ele não se surpreendeu, pois já havia escutado que o Cristo havia fechado seus olhos em mais de uma ocasião".
Pensando que o movimento que havia visto nos olhos se devia a algum tipo de mecanismo, o sacerdote professor diminuiu a importância da visão e se incumbiu de examinar a imagem minuciosamente. Pôde confirmar que esta não possui nenhum mecanismo e que seus olhos estão tão firmemente fixos, que nem o pressioná-los fortemente pôde fazer com que se movessem. Isto foi comprovado mais de uma vez.
A pedido de seus superiores, o Padre Antonio escreveu o relato de todo o acontecido, mantendo prudência por ordem de seu diretor espiritual. Somente no dia 16 de março de 1920, um ano depois dos tantos milagres de 1919 é que esta declaração se tornou pública.
Seu rosto tem uma expressão indescritível, de uma particular beleza: olha para o céu e, segundo o ângulo de onde se veja, a expressão é diferente, não somente de dor, mas de oração e contemplação ao Pai. Colocadas dos lados de Cristo estão outras duas imagens: a Virgem Mãe Dolorosa e São João Evangelista.
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