Domingo, 19 de Fevereiro de 2012
Mãe de gêmeos vence o câncer de mama sem submeter-se ao aborto.
Mãe de gêmeos vence o câncer de mama sem submeter-se ao aborto
Washington, 17 Fevereiro. 12 / 06:08 am (ACI/EWTN Notícias).-
Zoila Leiva, mulher americana de 42 anos que decidiu não abortar e dar à luz a seus gêmeos tendo se submetido à quimioterapia por câncer de mama que padecia, manifestou seu desejo de que "as mulheres saibam que há esperança e que podem salvar suas vidas e também as de seus bebês".
"O câncer não tem que ser uma sentença de morte", declarou.
Os médicos de Leiva diagnosticaram um câncer de mama em dezembro de 2007, quando tinha quatro meses e meio de gravidez, e recomendaram submeter-se a um aborto para tratar sua enfermidade. Ela rechaçou o procedimento.
Leiva contou seu caso ao diário britânico 'Daily Mail' depois de ver a notícia de um estudo médico publicado na revista científica 'The Lancet' que mostrava que as mulheres grávidas com câncer de mama podem ser tratadas com segurança, sem necessidade de atrasar o tratamento até dar à luz.
Segundo reportou o 'Daily Mail' em 10 de fevereiro, uma equipe de especialistas do Instituto de Câncer Leuven de Bélgica descobriu que a quimioterapia pode ser administrada com segurança dentro do segundo e terceiro trimestre de gravidez, sem afetar o bebê por nascer.
A investigação deu a conhecer também que, em geral, a cirugia como parte do tratamento é segura dentro de qualquer dos três trimestres.
Em sua comunicação com o diário britânico, a mãe disse que "meu oncólogo recomendou um aborto imediatamente, já que meu câncer estava avançado e que se tinha estendido aos gânglios linfáticos".
"Disseram-me que não tinha meio de saber se se tinha estendido em outros órgãos enquanto estivesse grávida, porque não podia realizar nenhum dos exames necessários", explicou.
De acordo com o testemunho de Leiva, os médicos "queriam que fizesse um aborto com duas semanas, mas depois de escutar sobre o procedimento fiquei horrorizada. Podia sentir os meus bebês movendo-se e pensei ‘morrerei de depressão se os mato agora’, assim que nunca voltei a esse consultório médico".
Ajudada pela organização 'Hope For Two', que dá ajuda à mulheres grávidas que padecem de câncer, Zoila Leiva se pôs em contato com médicos americanos que lhe ajudaram a tratar da enfermidade de forma bem sucedida.
Depois de quatro aplicações de quimioterapia durante 12 semanas, no momento de dar à luz, os médicos descobriram que o tumor em seu peito se tinha reduzido a quase nada.
Apesar do temor de que seus bebês nascessem com peso inferior a um quilo, teve a feliz surpresa de que pesavam cerca de um quilo e meio cada um.
"Eram crianças fortes e saudáveis. Agora têm quatro anos e são uns pequenos terremotos, estão plenos de energia".
No informe remetido pelos especialistas ao 'The Lancet', se recomendava que as mulheres e seus companheiros fossem informados sobre este possível tratamento, e que abortar, de acordo com o estudo, não melhora o resultado na saúde da mãe.