Domingo, 12 de Fevereiro de 2012
Preservativo é "arma de distração" do problema da AIDS
Mons. Braulio Rodriguez (foto Ical)
TOLEDO, 11 Fevereiro. 12 / 04:52 pm (ACI/Europa Press).- O Arcebispo de Toledo e Primado da Espanha, Mons. Braulio Rodriguez, assegurou que uma das causas da AIDS ou de sua grande difusão na África é o "grande negócio" das grandes empresas farmacêuticas, "que não baixam o preço de seus medicamentos e impedem a cura ou previne o risco de morte para tantos enfermos".
Bispo Rodriguez fez estas considerações em seu artigo semanal publicado na revista diocesana 'Pai Nosso' e colecionado pelo Europa Press por ocasião da 53° Campanha das Mãos Unidas, que este domingo começa com o lema "Saúde, direito de todos. Ela funciona!".
"Nós estávamos acostumados a crer que se há ainda tanta AIDS na África, talvez a culpa seja da Igreja, que não permite o uso dos preservativos", algo que, segundo o Arcebispo, "é certamente um simplismo, um tema de uso dos países ocidentais como Espanha".
"Por acaso na Espanha não é tremendamente fácil ter acesso aos preservativos e não desapareceu a AIDS?", perguntou o Arcebispo, que salientou que ouviu alguém dizer que "o preservativo se converteu na África em uma arma de distração do problema da AIDS".
Nesse assunto, advertiu que 30% das instituições no mundo que se dedicam a lutar contra a AIDS pertencem, de fato, a Igreja Católica, com "fantásticos" programas para combater a enfermidade.
Voluntários de mãos unidas
Segundo disseram os voluntários de Mãos Unidas que não entram nessas "discussões", mas que se "lançam à ação" e se "esforçam" para, além da coleta –"que é de obrigado cumprimento para todas as paróquias e templos da Diocese"–, inventar toda classe de maneiras para conseguir recursos que permitam financiar projetos concretos.
Também destacou o trabalho de Mãos Unidas e, em relação com os objetivos desta nova campanha, apontou que esta instituição da Igreja "se preocupa em saber e denunciar as causas pelas quais adoecem e morrem as pessoas" que contraem enfermidades como a AIDS, hepatite C, o paludismo (malária, dengue) e a tuberculose.
"É bom pedir a responsabilidade de todos nós em sua erradicação", falou.
Dito isto, afirmou que "a saúde dos seres humanos não se pode converter em um negócio multimilionário" e salientou que "os avanços na investigação de vacinas e fármacos tem de por-se ao serviço do direito de saúde dos mais pobres".
O Arcebispo acha necessário difundir uma informação básica sobre a AIDS que faça desaparecer "temas e ignorâncias" e informar como luta a Igreja Católica contra estas enfermidades.
Opinião: "Nestes tempos de Carnaval, seria muito importante a refelexão sobre esse tema".