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«Poderemos ficar no céu, para sempre, junto com Deus»
Maria Vallejo-Nagera: «A vida é curtíssima e a única coisa que importa nela é salvar nossa alma»
Em seu último livro, Maria Vallejo-Nagera conta mil e uma história da Santíssima Virgem e de sua permanente ação de amor com todos os homens.
Francisco Javier Dominguez / Adelante la Fe - 24 dezembro 2014 -religionenlibertad.com
A escritora Maria Vallejo-Nagera acaba de publicar a última das suas, até agora, onze obras, 'De Maria a Maria' (Palabra), onde conta com detalhe a história de sua conversão.
O padre Francisco Javier Dominguez a entrevistou para o portal católico 'Adelante la Fe', onde começa perguntando sobre o estado atual de sua alma. "Minha alma tem passado por várias etapas (eu diria que muitas), desde 9 de maio de 2000, dia que o Senhor escolheu para irromper em minha vida de uma forma tão forte", recorda Maria: "Durante anos meu coração era puro fogo de amor por Ele… Porém as cruzes imensas que às vezes acompanham um convertido, os golpes, os tropeços, me levavam às vezes sentir que o Senhor tinha se afastado de mim…São os altos e baixos do caminho".
"Porém graças ao seu amor e ao imponente impacto que recebo em cada Adoração", acrescenta, "a fé volta, me revolve de novo… E começo de novo o caminho. Seguir Cristo não é fácil, mas se se tenta com muita humildade, se nota uma rápida resposta de sua parte".
A Mãe, com letras maiúsculas
Uma resposta que vem através da Mãe de Deus, para quem consagra seu livro: "Ela é quem veio me resgatar nos momentos frios, de dúvidas, de medo… Ela é, no dia de hoje, minha Mãe . Em todos os sentidos, em minha alma e em meu coração, assim a sinto. É minha Mãe com letras maiúsculas. Assim é".
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Maria Vallejo-Nagera explica que é uma mãe de família e uma esposa "normal, como todo o mundo", mas que tem "um dom, que é o de escrever": "Eu gosto de plasmar no papel tudo o que sinto, o que vivo, o que experimento… E resulta que o tema que mais me deixa fascinada, o que mais amo, o que mais me enternece, é Jesus o Nazareno. Parece que sou um pouco enamorada de nosso Dios… Então escrevo sobre Ele. Mas nunca esqueço que quem me levou até Ele foi sua Mãe. Acaricio-a, a sinto na oração do Rosário"…
Quando o padre Dominguez lhe perguntou qual de seus livros é seu preferido, a autora de 'De María a María' tem claro: "Sem dúvida este último foi o que mais me rodeou de paz, de amor… Foi dificílimo escrevê-lo (dúvidas, enfermidades no processo, medos, gozações…), porém eu não podia deixar de escrever… A presença de minha Mãe Maria Santíssima era muito palpável no processo. Orava antes de escrever cada capítulo, e simplesmente… saíam sob a pressão de meu tinteiro. Eu não preparo nunca uma diração, um esqueleto na hora de escrever um livro. Simplesmente oro… Então as coisas saem".
"Levaba um amor tão grande para nossa Mãe do Céu dentro, que por algum lugar tinha que explodir. E essa explosãocomeçou faz justamente um ano e meio. Eu me pus diante do computador, rezei… E então mil ideias, mil hitórias, mil recordações, me invaderam de repente… Aquilo era um furacão de sentimentos… E os plasmei em um novo livro que hoje já é realidade", fala.
Três conselhos para a vida espiritual
Sobre o Rosário, Maria Vallejo-Nagera tem um conselho para todos: "Que confiem n'Ela. A Mãe de Deus ama essa oração. Se uma mãe a qual amamos com toda a alma nos pede que lhe façamos uma oferta (por exemplo fazer uma tarefa), por acaso não devemos fazer se sabemos que isso lhe agrada muito? Eu comecei rezando o rosário com grande tédio. Não o entendia, me aborrecia… Mas perseverei. Então, quando chegaram os problemas em minha vida (que foram imensos em muitas ocasiões), percebi que era precisamente a oração diária do Santo Rosário que acalmava meu coração… O poder do Rosário é sobrenatural… Não há palavras humanas capazes de explicá-lo".
A descoberta de sua fé em todos estes anos serviu para descobrir outras muitas coisas, entre as quais "que a única coisa que importa nesta vida é salvar nossa alma... a vida é curtíssima e que só devemos pensar em que algum dia poderemos estar no Céu, para sempre, junto com Deus, um Deus que nos criou precisamente para viver cheios de amor junto d'Ele".
Por isso ela reza o Rosário com um pedido constante: tirar almas do purgatório. E insta a fazermos o mesmo: "Elas agradecem infinitamente cada oração por elas, porque elas, por si mesmas, não podem se libertar. Por isso é tão importante que rezem por elas”.
E também aconselha ter um diretor espiritual: "Precisamos orar muito para encontrar o diretor espiritual adequado. Nem todos os sacerdotes são capazes de entender cada alma. Somos cada um um mundo, e em muitos casos encontrar um bom diretor é uma verdadeira dificuldade. Porém é preciso lutar por encontrá-lo".
Diante do Santíssimo
" O que é para você a adoração ao Santíssimo e o que mudou em sua vida?", perguntou o padre Javier: "Tudo. A Adoração para mim é simplesmente tudo. É ficar face a face com Jesus. Não posso ver (só tenho diante dos olhos materiais um pedaço de pão), mas minha alma sabe, misteriosamente, que esse pedaço de pão é todo um Deus. Assim que frente a uma custódia, eu sei que estou, face a face, com Cristo. É roçar o Céu. É saber que me olha, me observa, me ama… É meu pedaço de céu na terra".
"A vida é preciosa, mas é difícil… Espeta e muitas vezes fere… Mas há um final: e esse final deve ser a eternidade junto de Deus", conclui Maria: "Viver pode chegar a ser tarefa muito árdua, mas se se vive com Cristo, a montanha se torna colina. Só temos que ter os olhos fixos n'Ele e tudo se torna leve. E no final… Bom, no final, só estará Ele".
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