Sexta-feira, 22 de Março de 2013

Lutou contra os nazistas, entrou em Berlim, ganhou 76 medalhas e salvou seu monastério dos soviéticos

ReligionenLibertad.com

Soldado condecorado, pintor de ícones, monge e abade. Lutou contra os nazistas, entrou em Berlim, ganhou 76 medalhas e salvou seu monastério dos soviéticos. As ameaças dos funcionários soviéticos não assustavam o abade Alípio, um homem duro forjado na Guerra Mundial.


Tatiana Fedótova / ReL-28 novembre 2012-religionenlibertad.com

Ivan Voronov lutou contra os nazistas, entrou em Berlim e ganhou 76 condecorações militares. Depois se fez monge e conseguiu derrotar, uma e outra vez, o regimem soviético que queria fechar seu monastério. Na revista "Realisti" escrevem: "este homem faz que o protagonista de ´Duro de Matar´ pareça um bichano".

Filho de humildes camponeses
Ivan Voronov nasceu em 1914 em uma família de camponeses pobres, em uma aldeia chamada Torchija a 40 quilômetros ao sul de Moscou. Terminou a escola primária em sua aldeia e em 1926 passou a viver e estudar na capital, onde já estavam seu pai e o irmão mais velho. Ao terminar a educação secundária, regressou à sua aldeia natal para cuidar de sua mãe enferma.

Em 1932 começou a trabalhar na construção do metrô de Moscou, estudando de noite na escola de desenho adjunta à União de Pintores de Moscou. Em 1936, Voronov ingressou numa escola de arte organizada pelo Conselho Central dos Sindicatos que naquele tempo equivalia à uma Academia de Belas Artes. No mesmo ano o chamaram às fileiras e passou no Exército Vermelho dois anos. Naqueles anos Ivan organizava cursinhos e escoas de desenho para soldados na região Militar de Moscou.

Na guerra mundial, pintando ícones
Licenciou-se em 1938 e passou à trabalhar como controlador e carregador numa fábrica militar de acesso limitado. E ali lhe encontrou a Segunda Guerra Mundial. Ivan foi chamado às fileiras para combater em 21 de fevereiro de 1942. Além do fusil, se levou um álbum e pinturas.

Movendo-se na linha de frente, teve tempo para restaurar ícones para os habitantes das aldeias. Os alimentos que os camponeses lhe doavam pelo trabalho serviam para sustentar todo seu grupo. No front, Ivan criou vários esboços e quadros, alguns álbuns de “episódios de combate”. Os quadros que pintou no front foram expostos inclusive durante a guerra, em 1943, em vários museus da URSS.

Ivan Voronov realizou a rota de Moscou a Berlim no contingente do 4º Exército de tanques. Participou em muitas operações militares nos fronts do Centro, Oeste, Briansk e o primeiro da Ucrânia. Não sofreu nem uma só ferida, nem uma contusão.

Medalhas pela Coragem, em Praga, em Berlim...
Por suas qualidades destacadas no combate Voronov foi condecorado, entre outras, com as medalhas de Coragem (pelo "serviço de combate"), da Vitória sobre a Alemanha (por seu papel na conquista de Berlim), a Ordem da Estrela Vermelha (por seu papel em Praga) e a Insígnia da Guarda Soviética. No total, o soldado-pintor foi condecorado com 76 distinções e galardões por sua coragem em combate.

Mas apesar das medalhas e de não receber nenhuma ferida, a guerra deixou uma pegada indelével na alma de Ivan Voronov.

“A guerra era tão terrível que prometi a Deus que se sobrevivesse a essa luta espantosa eu iria para o monastério”, explicuo depois. Sendo monge recordaria aquelas orações em várias homilias: “Sempre, de vigilante pelas noites, rogava a Deus não topar com os exploradores inimigos para não ter que cortar o pescoço deles”.

O sucesso não enche a alma
A arte não bastava para encher sua alma. E não por falta de sucesso. “No outono de 1945, ao voltar do front, trouxe quase mil desenhos e esboços e em seguida organizei na Casa dos Sindicatos de Moscou uma exposição pessoal de meus trabalhos do front. Aquela exposição me ajudou a ganhar a participação no comitê municipal da Sociedade de Pintores de Moscou e exercer como pintor. Cada ano organizava uma ou duas exposições pessoais ou coletivas, o que demostrava meu progresso profissional”.

Mas não lhe atraia a carreira de um pintor do mundo. “Em 1948, trabalhando ao ar livre no monastério da Santíssima Trindade e São Sérgio perto de Moscou, a beleza e singularidade do lugar me subjugaram, primeiro como pintor e depois como monge, e decidi servir toda minha vida no monastéerio”.

Para entrar no monastério da Santíssima Trindade e São Sérgio, sua mãe o abençoou com um ícone da Mãe de Deus chamado "Atenua as Minhas penas". “Mãe de Deus, que não conheça penas”, o abençoou sua mãe. E o filho viu cumprir-se a bênção de sua mãe em sua vida como monge.

Na hora de escolher seu nome monacal, o bispo olhou o calendário buscando o nome mais próximo, para que tivesse uma festa imediata. Chamaram em honra de Alípio, o famoso santo monge pintor de ícones das Cavernas de Kiev. Este nome em grego significa “sem penas”. Por isso, quando depois por telefone ele tentava amedrontar os representantes do poder soviético, só contestava: “E tenham em conta que sou Alíipio, aquele que não conhece penas”. E, seguindo o exemplo de seu santo padroeiro, o padre Alíipio se fez pintor de ícones.

Provações de monge novato
Não tinha uma cela própria. O abade lhe indicou um canto no corredor e lhe disse que se o padre Alípio, numa só noite, construísse uma cela naquele corredor, podia ficar nela. O novíssimo monge respondeu lacônico: “Abençoa-me, Pai”, e numa noite pôs tabiques, os rebocou, pintou, fez assoalho de madeira e pintou. E pela manhã o abade ficou muitíssimo espantado ao ver o muito feliz padre Alípio em sua nova cela com uma chícara de chá fumegante.

O monastéerio que nunca foi fechado
Logo foi ordenado sacerdote, e em 1959 foi nomeado abade do monastéerio das Cavernas de Pskov, um lugar muito especial, porque foi o único monastério que os soviéticos nunca fecharam. Alípio desempenhou este cargo importante de 1959 a 1975.

Sobre seus ombros se colocou uma tarefa titânica: não se tratava somente de restaurar as relíquias e antiguidades do famoso monastério. O mais difícil foi defender o monastério do fechamento pelas autoridades.

Das matanças ao assédio misterioso
O regime soviético foi desalmado com os cristãos. Já em vida de Lenin (de 1917 a 1924) 16.000 eclesiásticos ortodoxos foram executados. De 1929 a 1931 se produziu uma segunda onda, na qual o regime assassinou outros 5.000 eclesiásticos. Quando a Espanha sangrava, em 1937 e 1938, na União Soviética eram executadas outras 125.000 pessoas por estarem ligadas à Igreja Ortodoxa. E de 1939 a 1942 mataram outras 4.000 mais por sua relação com a Igreja Ortodoxa. (Leia mais sobre essa perseguição neste artigo de ReL).

Quando Ivan se tornou monge, o regime mostrava mais tolerância com o pouco que ficou da Igreja Ortodoxa. Mas Kruschev, que governou a URSS de 1955 a 1964, reacendeu a hostilidade contra os crentes, prometendo “mostrar pela televisão ao último sacerdote sobrevivente”. Em vez do massacre puro e duro, nesta época se preferia a propaganda e a difamação.

Então, na imprensa dos anos 60 se liam títulos como: “O Monastério das Cavernas de Pskov, fonte de obscurantismo religioso” ou “Aleluias dando saltos” ou “Parasitas de batinas” ou o clássico “Hipócritas de batinas”. Era muito difícil opor-se às calúnias, mas ainda mais difícil era manter o monastério aberto. O clero casado ortodoxo, com esposas e filhos, era ainda mais vulnerável que os monges, que eram celibatários.

Em seus informes enviados ao metropolita João de Pskov e de Velikiye Luki, o abade (arquimandrita) Alípio escrevia: ”Os artigos na imprensa são cheios de insultos e calúnias às pessoas honradas e boas, insultos às mães e viúvas dos militares caídos – assim era sua “luta ideológica” – lançam fora centenas e milhares de sacerdotes e clérigos, sempre os melhores. Quantos deles nos vem suplicando porque não pueden encontrar nenhum trabalho, nem sequer secular, para manter suas mulheres e filhos”.

Os monges e os habitantes de Pskov recordam a estratégia que adotou o abade, baseada em sua experiência na guerra: que a melhor defesa era o ataque, ou seja, a denúncia e a palavra. “Padre, podem lhe encarcerar…”, lhe diziam. Mas ele não cedia e as histórias se recolhem no popular livro do bispo ortodoxo Tijon Shevkunov, "Santos não santos e outras histórias".

Mendigos do Estado
Uma vez as autoridades municipais chamaram o abade da cidade de Pskov.

- Por que não pode por ordem em seu monastério? Vocês tem mendigos!
- Sinto-o- contestava padre Alípio. – mas os mendigos os tem vocês, e não nós.
- Como é isso?
- Fácil. Se não esqueceu, a terra a partir das Portas Santas do monastério foi confiscada. Os mendigos, estão fora ou dentro das Portas?
- Fora.
- Então, são de vocês. Minha gente dentro do monastério não passa fome, tem o que vestir e o que calçar. E se não gostam tanto dos mendigos, podem pagar-lhes uma pensão. Se depois disso alguém segue pedindo, o poderão castigar segundo a lei. Mas eu não tenho mendigos.

Entrevista sensacionalista para “Ciência e Religião”
No final dos anos 60, dois jornalistas da revista “Ciência e Religião” tentaram ter uma entrevista sensacionalista com Alípio.
- Quem lhes dá de comer a vocês? – perguntaram.
O abade lhes indicou as velhinhas. Os jornalistas não o entenderam. Alípio explicou:
- Vejam, uma daquelas mulheres perdeu dois filhos na guerra, a outra, quatro. E vem mitigar suas dores conosco.
- Não dá vergonha olhar nos olhos do povo? – perguntaram.
- É que nós somos o povo. Dezesseis monges são veteranos da II Guerra Mundial. E se fizer falta, voltarei a por as botas e o gorro militar.

Permissão para rogar pela chuva!
Num verão houve uma seca na região de Pskov. Alípio pediu permissão no comitê regional do partido comunista para organizar uma procissão do monastério até a cidade para rezar pela chuva.
- E se não chover? – perguntou o funcionário.
- Então, rolará minha cabeça, - respondeu o abade.
- E se chover?
- Então, a sua.
Não permitiram a procissão. Os monges rezaram dentro do monastério pedindo chuva, enqunato os funcionários do comitê ironizavam:
- Não chove, apesar de suas orações!
- Se vocês tivessem rezado, com certeza choveria- respondia Alípio.

A guerra das vacas
O presidente do comitê executivo municipal num verão enviou uma carta aos monges proibindo que o gado saísse fora dos portões. Na carta de resposta o abade escrevia que “o gado do monastério deslocaria os turistas e o touro daria chifradas nos guias que tiravam fotos dos monges e fariam entrar no monastário um regimento de soldados com gorro colocado nos momentos litúrgicos mais solenes”.

E cumpriu suas advertências: várias dezenas de vacas encheram a praça interior do monastério espantando os turistas. E quando um representante das autoridades tentou afugentar as vacas, o touro (para o espanto dos monees) o fez subir numa árvore e não o deixou descer até que escureceu. Logo as vacas festejavam sua vitória em seus pastos do exterior.

"Obriguemos os monges votar"
Nos tempos soviéticos todos deviam participar nas eleições. Os monges do monastéerio das Cavernas de Pskov não eram uma exceção. Normalmente, a urna era levada ao monastério onde se realizava o procedimento.

Mas um novo secretário do comitê regional do Partido cansado com o trato tão distinguido para com os monges, ordenou que “cesasse a desordem” e que os monges fossem às urnas como todos.

- Muito bem - disse o abade Alípio ao saber.

E veio no domingo, o dia tão esperado das eleições. Depois da missa e comida em fraternidade, os monges se puseram em coluna em pares e com cantos litúrgicos se dirigiram, atravessando toda a cidade de Pskov, a sede eleitoral. Se pode imaginar o estado da população civil soviética que tiveram que presenciar aquele espectáculo. Quando, para o início, os monges se puseram a rezar sem sair da sede, os funcionários por fim tentaram protestar.

-É que nossa ordem é assim - respondeu o padre Alípio. Depois de cumprir com seu dever de cidadão, os monges, outra vez caminhando por toda a cidade, regressaram ao monastério. A partir de então, as urnas foram levadas ao monastério sem problema.

Uma bênção aos comunistas
Uma vez dois funcionários da Fazenda regional vieram ao monastério para rever os seus ganhos. O abade Alípio perguntou:
- Quem os envia?
Não traziam nenhuma ordem escrita.
- O povo nos enviou!
- Mutoi bem. Na miss a seguinte pediremos para subir ao ambão e perguntaremos ao povo se os enviaram de verdade - lhes propôs Alípio.
- Está bem, nos envia o Partido! – retificaram os funcionários.
- Quantos membros tem seu partido?
- 20 milhões
- E nossa Igreja tem 50 milhões. A maioria não pode ditar sua vontade à minoria.
No dia seguinte os agentes vieram com uns papéis. Alípio lhes respondeu que, apesar de uma ordem escrita, lhes poderia permitir a revisão só com a bênção de seu bispo. Os funcionários se puseram em contato com o bispo e receberam sua “bênção”.
- São vocês comunistas? – perguntou Alípio. – Como é que sendo comunistas se atrevem a pedir uma bênção de um bispo? Agora mesmo telefonarei ao comitê regional, e amanhã mesmo os lançarão do partido.
Os camaradas não voltaram a aparecer.

Ordem de fechamento
Talvez, o momento mais difícil para o padre Alípio tenha sido quando vieram os funcionários com uma ordem em toda regra de fechamento do monastério. Já não havia mais lugar para piadas. Alípio atirou o papel ao fogo da chaminé e disse que morreria mártir antes que fechasse seu monastério.

- Acaso foi tão fácil salvar o monastério? - perguntaram mais tarde os noviços ao monge que era testemunha ocular daqueles acontecimentos.
- Fácil? Foi só com a ajuda da Mãe de Deus - respondeu severamente o monge ancião com uma fé inquebrantável. –Sem ela, não teríamos podido nada…

Graças a Alípio Voronov o monastério das Cavernas de Pskov foi o único monastério russo que nunca foi fechado. Muitas forças e recursos pôs o abade para restaurar os muros e torres, cobrir de ouro a cúpula principal da catedral de São Miguel, organizar um ateliê de ícones.

Em 1968, pela iniciativa do padre Alípio, se organizou a busca do tesouro da sacristia do monastério das Cavernas de Pskov que foram saqueadas pelos nazistas em 1944. Encontraram-no ao cabo de cinco anos e em 1973, os representantes do consulado da RFA em Leningrado devolveram ao monastério.

A memória do padre Alípio viverá não só nos monastérios da Santíssima Trindade e São Sérgio e das Cavernas de Pskov que ele restauro como pintor e como abade. Toda sua vida foi de um apaixonado colecionador de quadros e objetos de arte. Passadas três décadas desde sua morte, há quem compare o abade com os irmãos mecenas Tretiakov, e não só pelo valor de sua coleção de quadros e obras mestras de artesanato popular russo, mas por sua generosa doação aos museus russos. Sua preciosa coleção foi repartida por três museus: o Museu Russo de São Petersburgo, o Museu Reserva de Pskov e o Museu de História de 'As Cavernas de Pskov'.

O padre Alípio se foi em 12 de março de 1975. Viveu sessenta e um anos de uma vida terrena, dos quais 25 foi monge.

(Com informação de Realisti.ru, Pravmir.ru y "Santos não santos e outras histórias").


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http://religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=26175

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Segunda-feira, 11 de Março de 2013

O cardeal Gianfranco Ravasi: A verdadeira liberdade é a confiança filial em Deus, não o orgulho.

 Exercícios Espirituais.

O cardeal Gianfranco Ravasi: A verdadeira liberdade é a confiança filial em Deus, não o orgulho.

A fé como encontro de adesão do homem consciente livre e apaixonado com o limite. Sobre estes dois grandes temas foram desenvolvidos meditações hoje pelo cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, comissionado para pregar os exercícios espirituais na presença do Papa e da Cúria Romana. Benedetta Capelli fala:

Rádio Vaticano - É sobre o Salmo 30, que se concentra a primeira meditação do Cardeal Gianfranco Ravasi.
Salmo curto ", uma espécie de símbolo - diz o prelado - uma espiritualidade da infância". "Tem a plenitude de sua lealdade a Deus" e onde encontra as características do crente, aquele que no entanto, o Salmo abre com o antípoda de fé: "O orgulho, orgulho, auto-suficiência absoluta, colocam-se na mesma posição com Deus, é o pecado original:" Sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal "árbitros ou seja, da moral, e que é o que o homem em sua liberdade tentará fazer"
.

Liberdade, a outra palavra-chave para o cristão. E é na imagem da "criança desmamada", típica do simbolismo oriental, que o salmista celebra a fé que é a adesão e, ao mesmo tempo escolha. A criança agora crescida, já não está colada à mãe que a alimenta, mas separadas por um ato de amor e liberdade: "A fé que é a adesão, mas a adesão, a adesão consciente, livre, a adesão intensa, apaixonada. Sem dúvida, não é por nada, é repetida duas vezes, é como uma criança desmamada "e, em seguida, o último verso é um apelo a todo o Israel, esperar e confiar no Senhor. Também devemos aprender com a grande história da espiritualidade, nós temos que aprender sobre nós, mesmo quando se chegou a um nível de dignidade, responsabilidade, mesmo dentro da Igreja, ou funções de alguma importância, em que, muitas vezes, até mesmo escolhas que afetam as pessoas.
Provavelmente os ramos da tentação em nós, leves e finos, a tentação de sermos os únicos que olham para baixo. E é nas crianças que permanecem a fé que conota: ser pequeno como Santa Teresa de Lisieux - lembra-se o cardeal Ravasi - mas é tudo ensinamento de Jesus que se desenvolve desta maneira.

As crianças aprendem o que significa pureza, mas acima de tudo confiança: "Elas colocaram a mão com confiança nos adultos, esse é o grande drama. A vergonha de pedofilia também está lá, porque a criança com sua confiança, espontaneamente abandona o adulto seu pai. Espontaneamente, ela coloca a mão na do outro, mas também é interessante para descobrir por seus próprios meios. Ela tem uma visão - como sabemos - simbólica da realidade, não analítica, por isso é capaz de perceber verdades mais certas. E é por isso que, por vezes, estar a ouvir o que realmente é, para nós, uma lição porque você faz o básico, você coloca os famosos por causa de não sabermos como responder e ainda ser tão importantes.
Portanto, do ponto de vista humano é importante para encontrar, acompanhar, ouvir a criança, mas especialmente a partir da clareza interior da Fé, confiança, abandono. "

Na segunda meditação, o Cardeal Ravasi focando a criatura humana frágil, evidenciada pela dor de viver, angustiada, enfrentando o limite e a finitude de sua pessoa.
"Sombra", "respiração" - por favor, Salmo 39 - chora e pede "a extensão dos dias." Palavras duras e de grande relevância em um mundo onde não há uma superfície de atmosfera, uma espécie de "narcose que elimina as grandes perguntas": "Basta pensar na televisão, o que é o verdadeiro e grande Moloch dentro das casas. Nós já sabemos tudo sobre moda, sobre o que devemos comer, vestir, etc escolher, mas não temos - muitas vezes - uma voz que nos mostra o caminho e, em seguida, o sentido da vida, especialmente quando se é tão frágil, tão miserável.

É por isso que é importante voltar aos grandes temas. Tenha a coragem de propor as grandes pensamentos, eu acho que um dos grandes problemas da juventude de hoje, que não são mais capazes de encontrar respostas com sentido e, em seguida, entrar neste fluxo é o resultado da sociedade contemporânea. "

Então, tem o sentido de limite para superar a superficialidade, mas o Cardeal Ravasi também enfatiza a necessidade de voltar para a "oração: pobres, nus, simples" e chama a questionar o sofrimento com "palavras não só reconfortantes, de segunda mão e frias." Aquele que sofre, tocando perto do limite, acaba por ficar em crise: "Alguns que não eram crentes, talvez comecem a gritar. Existe, portanto, um tipo de 'paideia', também de pedagogia que se realiza na dor.

Mas, e este é o tema sobre o qual temos, então, tem que voltar pois no final da dor é um elemento de crise:. Crise nos coloca no mundo e nos coloca em uma crise com Deus "
Mas - disse o cardeal - apesar da escuridão, a experiência cristã sempre abre um horizonte de luz que as trevas nunca tem a última palavra.

Ontem meditação Cardeal Ravasi havia coberto homem e olhar de Deus sobre ele. A criatura humana - disse o presidente do Conselho Pontifício para a Cultura - torna-se "o lugar onde interceptar a presença de Deus", já no embrião "Deus vê os esplendores e misérias." Tarefa do homem que "aliança com Deus" é "para representar o seu Senhor".

http://www.laperfettaletizia.com/2013/02/esercizi-spirituali-il-card-ravasi-vera.html

publicado por emtudoavontadedeus às 18:31
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Quarta-feira, 6 de Março de 2013

Cada pessoa tem dentro de si um estigma de luz, sempre tem algum trecho da imagem divina em que foi modelada. (Gianfranco Ravasi)

"... Uma beleza escura ..."
23 de fevereiro de 2013

 

"Em um pobre velho bêbado / malcerto arrastando os pés, / sem jeito tropeça e cai ;/ encharcada de sangue e poeira, / percebe, beleza escura. / Em aparência de pássaro ferido, / asas curtas e pesadas, / me lembra um anjo ganhou / expulso do seu céu nativo / é o homem , e o vôo foi esquecido. "

E morreu depois de uma longa vida de escritor e pintor.

Porque o amor que ele tinha por mim e pelo diálogo intenso dos últimos anos, agora quero lembrar mais uma vez a figura de Lalla Romano (1906-2001) e faço isso através de alguns versos dos seus poemas (talvez) desnecessária, editado por Slug.

Poemas curtos são todos emocionante, eu escolhi um tema quase metafísico-teológico e corte simbólico. Quantas vezes isso aconteceu a seguir com curiosidade e melancolia da marcha desigual de um "bum" bêbado.

Nesta figura vê Lalla Romano uma parábola própria da natureza humana, uma representação do paraíso recusou, nosso esplendor nublado, a beleza original angelical manchada com lama.

Mas, para além desta metáfora alta e "autobiográfica" para cada criatura humana, eu extraio a bondade e o poder do olhar da poesia e da fé.

Ambos, na verdade, podem sempre acho que - mesmo por trás das bordas de descida de um rosto e até mesmo no embrutecimento e miséria - "uma beleza escura." Cada pessoa tem dentro de si um estigma de luz, sempre tem algum trecho da imagem divina em que foi modelada. (Gianfranco Ravasi)

http://anawim.blog.tiscali.it/2013/02/23/unoscura-bellezza/?doing_wp_cron

................................................................................................................................................................................

BIOGRAFIA DO CARDEAL Gianfranco Ravasi
Conselho Pontifício para a Cultura
Arcebispo titular de Villamagna di Proconsolare
Presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, da Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja e de Arqueologia Sacra

Nascido em 18 de outubro de 1942 em Merate (Lecco), foi ordenado sacerdote da diocese de Milão, em 1966. Em 2007, ele foi consagrado arcebispo pelo papa Bento XVI.

Hebraísta especialista e estudioso da Bíblia, foi prefeito da Biblioteca-Pinacoteca Ambrosiana de Milão (fundada pelo Cardeal Federico Borromeo em 1607) e professor de exegese do Antigo Testamento na Faculdade Teológica da Itália Setentrional. É agora presidente do Conselho Pontifício para a Cultura, a Pontifícia Comissão para os Bens Culturais da Igreja e de Arqueologia Sacra.

Sua extensa obra literária equivale a 150 volumes, especialmente sobre temas bíblicos e científicos, com interpretações excepcionais da Palavra e do valor poético de Textos. Entre eles pode-se citar as edições editadas e comentou sobre o Salmos, o Livro de Jó , o Cântico dos Cânticos e Eclesiastes .

Bem conhecido do público em geral são os livros As montanhas de Deus (São Paulo, 2001), que explora o tema da montanha no texto bíblico, Uma Breve História da alma (Knopf, 2003), Fontes de Deus (São Paulo , 2005) e retorno às virtudes (Knopf, 2005), e as portas do pecado (Knopf, 2007).

No curso de seus negócios, Ravasi tem que repensar o que já havia sido investigado e considerado durante a longa aventura do pensamento humano, a partir de culturas primitivas e civilizações antigas, no entanto, o desenvolvimento de um intenso diálogo com a sociedade contemporânea.

 

Na verdade, além de ser um escritor de sucesso, monsenhor Ravasi trabalhou em jornais e pela televisão. Conduz a coluna dominical 'As fronteiras do Espírito' no Canal 5. Ele supervisionou a revisão, as notas e comentários do 'Bíblia registra' de Famiglia Cristiana . Colabora com 'Il Sole 24 Ore' e mantido por 15 anos com o título Matinas no jornal Avvenire . Apoiador E 'de diálogo entre a ética secular e moral religiosa, combina as habilidades exegéticas excelentes habilidades de comunicação.

Suas palestras são seguidissimas e é muito apreciado pelo público para a capacidade de transmitir os valores cristãos para o homem moderno.

 

http://www.vatican.va/news_services/press/documentazione/documents/cardinali_biografie/cardinali_bio_ravasi_g_it.html

publicado por emtudoavontadedeus às 21:47
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