Segunda-feira, 22 de Outubro de 2012
«Eu fui um adolescente ateu na União Soviética», explica o padre de Villardeciervos, em Zamora.Converteu-se em uma missa em idioma que não entendia.
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Converteu-se em uma missa em idioma que não entendia
«Eu fui um adolescente ateu na União Soviética», explica o padre de Villardeciervos, em Zamora.
Vladimir aceitava plenamente a visão materialista que lhe tinham inculcado na escola na URSS. Desdenhava da missa de sua mãe e ria dos garotos crentes. Até aquela manhã de Páscoa de 1987.
Pablo J. Ginés/ReL - 5 setembro 2012 - religionenlibertad.com
É difícil que um adolescente encontre Deus? E se recebeu e assumiu uma formação puramente materialista? E se tudo no colégio, na sociedade, desprestigia a fé e impede a evangelização?
Essa era a situação do jovem Vladimir Hryhoriev, quando tinha 14 anos e era um disciplinado aluno de ciências na República Socialista Soviética da Bielorrússia.
O que o fez mudar não foi nenhum método de evangelização elaborado nem gradual. Nem o exemplo de fé de amigos próximos.
Foi uma missa só, da qual ninguém lhe havia explicado nada, e, além disso, em um idioma que desconhecia: latim e polonês. Mas não era uma missa qualquer: era uma missa de Páscoa, cheia de alegria e celebração.
Hoje, Vladimir tem 39 anos, é padre rural na Espanha e explica sua conversão e o que lhe trouxe à Villardeciervos, em Zamora.
A religião na URSS há 25 anos
Em 1987 à União Soviética restavam quatro anos de vida, mas nessa época ninguém suspeitava. Há dois anos, o presidente Gorbachov falava da "perestroika" ("reestructuração") mas parecia limitar-se a uns meros retoques econômicos. Ainda se aplicava o artigo 227 do Código penal da lei de 25 de julho de 1962, que falava do "atentado contra a pessoa sob a aparência de cumprimento de rito religioso" e se podia convocar contra qualquer que levasse à Igreja um menor que não fosse um filho (lei pensada para castigar os padres, catequistas, avós e parentes religiosos, etc...).
Essa lei se usava também contra as organizações religiosas de crianças, os acampamentos infantis religiosos ou contra as paróquias com acólitos. Uma criança só podia estar na Igreja se a acompanhasse seu pai. Introduzir menores nestas atividades se castigava com até 5 anos de prisão ou desterro para a Sibéria, com ou sem confiscação de bens. Participar nestos grupos ou difundi-los era menos grave: só 3 anos de cárcere, de frio siberiano ou 1 ano de trabalhos forçados.
"Gagarin não viu Deus no espaço"
Pelo contrário, o materialismo mais descarado permeava todo o ensino escolar, sempre estatal. "Em biologia estudávamos as etapas da evolução ou da nutrição das plantas sem nenhum espaço para o Mistério. A mim encantava a Química, e minha professora era realmente boa, mas o mundo que nos apresentava era mera matéria. Diziam-nos que Yuri Gagarin, o primeiro cosmonauta, não viu Deus no espaço, insistiam que os exploradores tinham chegado aos extremos da Terra sem ver Deus. Havia um fundo ideológico nas aulas", recorda Hryhoryev.
"Ríamos das crianças crentes"
O jovem Vladimir era um garoto de 14 anos que vivia na pequena cidade bielorrussa de Miory, dez mil habitantes orgulhosos da carne que exportavam a Moscou e São Petersburgo. Vladimir tinha assumido completamente o materialismo oficial. "Eu, como os outros, caçoava das crianças que acreditavam em Deus. Fazíamos troça deles. Por isso havia poucas crianças abertamente religiosas na classe: ou as que agarrávamos, ou as que eram muito valentes e não ocultavam sua fé. Atrazavam-se nas aulas porque todos os tratavam mal. Meu pai me pedia que não o fizesse, mas eu não o escutaba".
A família de Vladimir era peculiar. Em sua casa se falava russo, não bielorrusso. Os documentos soviéticos, que recolhiam a etnia, diziam que sua mãe era bielorrussa, enqunto que os cinco irmãos mais velhos que ela figuravam como poloneses. Seu pai era russo e se lhe perguntasse admitia ser ortodoxo. "Papai não ia à Igreja nem rezava e quando eu era criança só me dizia: filho, tens que seguir tua consciência", recorda Vladimir. "Minha mãe era católica de rito latino, e de vez em quando, quando podia, ia à igreja. A mim, quando bebê, me batizaram católico. Mamãe estava focada em sua família, e tratava de deixar um espaço para Deus. Minhas tias eram terciárias franciscanas, e eu nunca falava de religião com elas, precisamente porque eram muito crentes, e eu também não gostava, porque me parecia que tratavam melhor meu irmão pequeno, que era menos travesso que eu".
E então chegou o dia de Páscoa de 1987. "Minha mãe só me convidava para as missas importantes, mas eu não ia nunca. Assim que, insistindo, ela convenceu um amigo meu, que era crente, para que me levase à missa no dia de Páscoa. Ele me despertou e me disse: "eh, vem rápido". Disse: "onde vamos? Disse-me: "já verás". E pensei: "será uma surpresa". Há que ter em conta que com meu amigo nunca havia falado nada de coisas religiosas. E me levou à igreja".
Escondidos na missa
Os dois jovens se esconderam atrás de umas colunas das quais se via tudo. "Dali vimos, por exemplo, alguns de nossos professores. Resulta que alguns eran crentes. Outros, em troca, estavam ali para espiar quem vinha à missa na Páscoa. As pessoas cantavam em latim: Resurrexit! Havia imagens da Paixão e da Ressurreição. Não entendia nada dos cantos, que estavam em polonês, nem da missa, que estava em latim. E o padre era um lituano que pregava em russo, de que sabia só quatro palavras. No entanto, tudo era muito belo. E então senti que Deus existia".
Vladimir tenta definir aquele momento. "Senti que aquilo era solene. Senti que as pessoas agradeciam e celebravam algo grande. E senti que eu tinha muita fé. Senti que Deus não era como nos dizia a propaganda atéia. Vi que Deus estava mais além de todas as coisas, mais além da mente humana, mais além da vida, do que se vê. Senti o sobrenatural. E me pus de joelhos e rezei. Eu já era Seu para sempre".
- O que fazes? -disse seu amigo ao ver-lhe de joelhos - Se tu não crês!
- Sim eu creio - respondeu Vladimir
- Mas se não sabes as orações!
- Porém oro com minhas próprias palavras! -respondeu.
"Tive a experiência por mim mesmo, meu amigo não me condicionou de nenhuma maneira e de fato ele não acreditava", recorda Vladimir.
Toda a semana meditando o Evangelho
Aquela criança de 14 anos começou a ir à missa todo domingo. "Ia por minha conta, não com minha família. Eu queria escutar Deus, escutar o Evangelho e a pregação. Isso me preenchia e meditava toda a semana. Comentava os temas com meu amigo. O padre era um homem jovem, bom pregador e um enamorado da vida e enamorado de Deus. Era como un existencialista, mas com Deus: para ele tudo lhe falava de Deus. Pregaba de um púlpito elevado, e eu sempre pensava que olhava para mim. Havia vindo como missionário, de Kaunas, e eu absorvia tudo o que dizia, como uma esponja, mesmo ele falando muito pouco de russo."
Despois de um ano e meio, o padre lhe animou para preparar-se para comungar. "Eu nunca tinha tido necessidade de comungar: o Evangelho me preenchia. Mas vi que era importante. Minha mãe me dizia: comunga e isso te ajudará nos exames. Meu pároco me fez aprender longuíssimas orações em russo, minha família me as ensinava em polonês. Também me confessei. Este padre era um tipo forte, com caráter, um lutador frente ao comunismo, mas confessando era compassivo: na confissão com ele experimentei a misericórdia de Deus. Fiz a primeira comunhão aos 16 anos, com genuflexório. E me senti leve, como se voasse. Foi como se Deus me acolhesse em seus braços e me enchesse de confiança. Senti que me tirava as preocupações, e voltei para casa asim, leve, como se estivesse voando".
Seminarista e missionário
Aos 17 anos, despois de superar diversas dificuldades, Vladimir entrou no recém aberto seminário de Minsk. Estudou com professores que tinham dado testemunho firme de sua fé, que tinham passado pelos cárceres comunistas e pelo gulag. Cinco anos depois, conheceu a Koinonia João Batista (www.koinoniajb.es), uma comunidade carismática de evangelização e experimentou ali uma renovação espiritual que ainda lhe acompanha. Terminou seus estudos na Itália e em 2009 chegou à comunidade da Koinonia em Villardeciervos, na província de Zamora (diocese de Astorga), onde atende as paróquias de vários povoados junto com o padre Corrado Sperotto, italiano, e vários membros leigos consagrados da comunidade.
"Vejo que Deus pode converter as pessoas, seja na Espanha ou na Bielorrússia", afirma. Agora, como o padre lituano que tanto lhe impressionou, ele também evangeliza longe de seu país.
"Também aqui em Zamora vejo o desejo de conversão e transformação. Há gente que vem ao nosso centro pastoral do País Basco, ou de Barcelona. Deus segue chamando e creio que o povo espanhol regressará a Deus de coração, e não sé de preceito".
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Sexta-feira, 12 de Outubro de 2012
Redenção: uma história de adoção.
Redenção: uma história de adoção
POR RENEE LOUX - 07 de setembro de 2012 - lifesitenews.com
Nota do editor: Renee é mãe de 13 filhos, adotados e biológicos, fundadora do 'Órfão Centro de Justiça' e também atua em tempo integral na Casa Internacional de Oração em Kansas City, Missouri. Ela acredita que em qualquer outra cidade onde há crentes em Jesus não deve haver crianças não desejadas. A missão da nossa vida é restaurar crianças jogadas e descartadas, pela adoção, oração, adoração, e o coração do pai.
07 de setembro de 2012 ( Bound4Life.com ) - No último sábado minha inestimável filha Telma casada com seu incrível noivo, Isaac. O tema do meu coração durante todo o dia foi "Redenção." Eu vi essa filha minha linda que se transformou de um judiada, machucada menina, em uma mulher de Deus, cheia de vida e esperança. Eu a vi de pé e ao lado dela Isaac, que a abraçou com o amor mais belo e poderoso, e meu coração estava pleno.
Se você não está familiarizado com o testemunho de Telma, eu quero compartilhar com você para que você possa entender completamente a magnitude do poder de Deus em sua vida para salvar, resgatar e restaurar.
Nas próprias palavras de Telma:
"Meu pai biológico saiu de casa, depois de deixar minha mãe biológica grávida. Eu nasci com escoliose grave, com uma curvatura 115 graus na minha coluna. Minha mãe não poderia lidar com o estresse de cuidar de mim. Depois de ser repassada a várias pessoas que forneceram abrigo, mas que não foram capazes de cuidar de uma criança, eu acabei fazendo o que fosse preciso para sobreviver. Sozinha e desprotegida, eu aprendi a lutar nas ruas. Olhando para trás, é difícil acreditar nas situações que eu estive, como eu me defendi e procurei desesperadamente por comida.
A casa de um quarto que eu vivi muitas vezes foi usada como um lugar para as pessoas terem relações sexuais. Eu era paga com um refrigerante ou um saco de batatas fritas para ser vigia enquanto vários atos sexuais aconteciam na minha frente. Um dia, encontrei umas meninas gêmeas que me disseram sobre um rapaz missionário com o cabelo 'cool' que estava liderando a adoração em minha própria língua. Eu me senti compelida a ir ouvi-lo. Enquanto eu estava sentada com sua esposa Renee ', e sua família, descobri que eles estavam pensando em adotar as gêmeas. Para a maioria das crianças Marshallese, todos os americanos são estrelas de cinema ricos e eu queria ser adotada também. Dois dias mais tarde, antes de o sol nascer, eu bati na porta do apartamento que eles estavam hospedados e perguntei se eu poderia brincar com as gêmeas. Não só eu comecei a brincar, mas Renee me acolheu no apartamento por uma semana restante e eles estavam lá. Quando eles tiveram que sair, eu fiquei arrasada! Renee 'segurou meu rosto e enxugou as lágrimas, prometendo encontrar-me a ajuda que precisava. Eu realmente não acho que isso iria acontecer, mas Renee 'cumpriu a promessa. Seis meses depois, eu era parte de Renee 'ea família de Derek. O rapaz missionário com o cabelo 'cool' e da mãe bonita agora eram meus próprios pais.
Levou algum tempo para eu perceber que eu não tinha que estar mais no comando de minha vida, havia na verdade, uma família que queria cuidar de mim. Demorou um pouco, antes eu estava livre para ser eu, livre para esperar por meu futuro, sem sentir-me amada, segura e abençoada. Há tantas crianças que vivem nas ruas, nas Ilhas Marshall, mas Deus me conhecia e me resgatou através dos dois muito amorosos de Cristo como pessoas. Quando eu fui adotada por Derek e Renee ', eu comecei a sentir o que era ser amada, querida e valorizada. Nos últimos anos, Deus me deu uma revelação maior sobre quem Ele é, como meu amigo e meu pai. Deus me permitiu experimentar o Seu amor incrível como uma filha e experimentar a alegria de ser amada. "
Telma e seu novo "papai", desenvolveram um relacionamento muito próximo. Ela aprendeu a conhecer e compreender o que o puro amor de um pai significava. Derek protegeu, alimentou-a e lhe ensinou tudo sobre o amor de seu Pai Celestial. Telma só teve Derek como seu "papai" por 7 anos. Ele foi morto em um acidente de carro 1 mês e meio antes de seu aniversário de 20 anos. Ela estava a caminho (com Jovens Com Uma Missão) a Ruanda para trabalhar com órfãos quando soube pelo Skype sobre a morte de Derek. Depois de voar de volta para casa para o funeral de Derek, apesar de sua grande perda e sofrimento, ela voltou a Ruanda para completar sua extensão a outros que desesperadamente precisavam ouvir sobre a esperança de Jesus e de seu grande amor por eles.
Isaac e Telma escolheram se casar em 25 de agosto, o dia em que teria sido o aniversário de 40 anos de Derek. Telma quis honrar a memória de seu pai, que era uma grande parte de sua restauração. Eu sei que, sem dúvida, que Derek estaria alegre neste casamento, e eu posso imaginar a festa que ele estava tendo no Céu como ele assistiu a este lindo milagre da redenção! Telma e Isaac tiveram uma "Celebração / memorial" em honra de Derek no hall de entrada do local do casamento. A mãe de Derek Miriam, cozeu seu bolo favorito e Telma teve suas fotos favoritas emolduradas com seu pai, e uma carta para ele na mesa também.
Enquanto nós continuamos a caminhar por estes momentos de mudança de vida, como uma família, ainda tristes porque Derek não está aqui para ser uma parte dela, comemorando com a gente, ele não estava aqui para encaminhar sua terceira filha para se casar, até o corredor. Ela ainda sente dores no coração porque ele não estava lá para a dança de pai e filha, ou para celebrar como o homem descontroladamente incrível que ele era, dançar pela noite fora com seus filhos. Oh, como as crianças e eu sentimos a falta dele! Derek era um pai tão bom, e tudo o que ele derramou em seus filhos se reflete na beleza de suas vidas. Um dia, Deus enxugará toda lágrima e Sua justiça reinará. Eu não posso esperar por esse dia para vir! Deus é soberano, perfeito em todos os seus caminhos e eu confio nele para continuar o bom trabalho que ele começou, trazendo beleza das cinzas.
Eu ainda estou encantada que o nosso Pai incrível, escolhido a dedo por esta menina preciosa para fazer parte da nossa família. Uma menina de rua, forçada a se defender, resgatada, adotada, e restaurada. Nós literalmente a observavamos transformar-se diante dos nossos olhos. E agora esta mulher incrivelmente forte de Deus está começando sua vida como uma mulher casada. Eu não posso esperar para ver todas as coisas incríveis que Deus tem reservado para Isaac e Telma quando eles começam a sua vida juntos!
Reproduzido com a permissão de Bound4Life.com
http://www.lifesitenews.com/news/redemption-an-adoption-story
Quinta-feira, 4 de Outubro de 2012
Sobre o Arcanjo Rafael uma breve resenha histórica no dia de sua festa.
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Sobre o Arcanjo Rafael uma breve resenha histórica no dia de sua festa
Luis Antequera - 30 setembre 2012 - religionenlibertad.com
…que foi sábado, ocasião que aproveito para felicitar a todos os rafaéis, muito especialmente os quais são meus amigos, e também a todos que concelebram com eles, gabriéis e miguéis.
A verdade é que o Arcanjo Rafael, mencionado como já tivemos ocasião de assinalar entre os sete arcanjos no Livro de Enoc, só aparece citado em um único episódio em toda a Bíblia cristã, ora no Antigo Testamento, ora no Novo, um episódio que aparece no Livro de Tobias, do qual é um de seus protagonistas, no que seu nome aparece citado em até catorze ocasiões.
A história é a seguinte: Rafael, o anjo Rafael, adotando a aparência humana de Azarias, primo de Tobit, é enviado por Deus ao cego Tobit, para acompanhar seu filho Tobias em sua viajem para conhecer sua parente com a qual quer desposar, Sara. Quando no curso da viajem pescam um peixe, Rafael diz a Tobias que utilice o fel para curar a cegueira de seu pai, e o coração e o fígado para livrar a Sara do demônio, porque é vítima da possesão do demônio Asmodeu, que por certo, foi matando um por um dos seus sete maridos anteriores, sem permitir a nenhum consumar o matrimônio.
Cura de Tobit. Paul Troger.
No final do livro, e só no final do livro, Rafael se apresenta
“Eu sou Rafael, um dos sete anjos que estão sempre presentes e têm entrada à Glória do Senhor” (Tb 12, 15).
Uma resenha que se reveste de uma interessante particularidade, e é a reafirmação de que o número de anjos que têm entrada na glória de Deus, -mesmo como temos dito nunca são chamados arcanjos na Bíblia-, são “sete”, algo que coincide com o Livro de Enoc, que sistematiza o tema e que, como tivemos ocasião de ver em seu dia, nos dá o nome dos sete arcanjos.
A reação que suscita é a seguinte:
“Perturbaram-se ambos e caíram sobre seus rostos, cheios de terror. Ele lhes disse: «Não temais. A paz esteja convosco. Bendizei a Deus para sempre. Se estive convosco não foi por pura benevolência minha para vós, mas por vontade de Deus. A ele deveis bendizer por todos os dias, a ele deveis cantar. Pareceu-vos que eu comia, mas só na aparência. E agora bendizei ao Senhor sobre a terra e confessai a Deus. Veja, eu sou daquele me enviou. Ponde por escrito tudo quanto vos sucedeu.» E se elevou. Eles se levantaram mas não mais o viram. Louvaram a Deus e entoaram hinos, dando graças por aquela grande maravilha, pois lhes havia aparecido um anjo de Deus” (Tb. 12, 16-21).
O que quer dizer uma coisa muito importante: Rafael em todo momento se apresenta como um homem, em todo momento parece um homem: é uma versão mais del iconográfico anjo antropomórfico, e só no final revela sua angélica condição e leva a cabo alguma função própria e exclusiva dos anjos, da qual os homens carecem, como por exemplo, voar: “E se elevou” (Tb. 12, 20). Porque como ele mesmo disse: “Parecia-vos que eu comia, mas só era aparência” (Tb. 12, 19).
Como é fácil de compreender aparentemente o que viu, o Arcanjo São Rafael é o patrono dos médicos. O é também dos cegos e dos viajantes e peregrinos, assim como, em outra ordem das coisas, da cidade de Hellín em Albacete, ou da de Madison ou Seattle. Pode-se crer que o é também de Córdoba, de onde o são os mártires Acisclo e Vitória, e de onde só é “anjo custódio” desde que assim o informasse ele mesmo ao aparecer ao sacerdote Roelas em 7 de maio de 1578 e por fim assim à uma epidemia de peste que assolava a cidade. Costuma-se a representá-lo com um cajado. Dá seu nome nosso arcanjo à múltiplas cidades do mundo.
Luis Antequera, encuerpoyalma@movistar.es, é autor, editor e responsável pelo Blog 'Em corpo e alma, alojado no espaço da web de www.religionenlibertad.com
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Fonte: http://religionenlibertad.com/articulo.asp?idarticulo=25134